Proclamação
Feriado devagar, aos poucos... Passeio pela feira do livro no Largo do Machado é um dos raros lugares do mundo onde se pode levar 50 pilas e trazer para casa mais de 5 livros (mais de 50 até, se você tiver saco de pesquisar e barganhar). É cedo para fechar balanço – ainda temos o sábado, dia em que tudo pode acontecer –, mas já deu pra arrumar volumes fundamentais sobre Zanuck, Huston, Welles e Brakhage; alpem de Ellroy, Greene (carne-de-vaca nas banquinhas de $1 real), Ed McBain, Vidal, e mais uns outros.
Galeto no fim da tarde, programa do fim de semana costurado na Macedônia. 5 filés.
Primeiro as revisões: Out for Justice, clássico star-vehicle de Steven Seagal conduzido pelo grande John Flynn. Visto na madrugada da Globo umas tantas vezes, o filme gritava por uma revisão, para horror de Marina – que passou uns 10 minutos gargalhando do nosso barrigudo favorito até ser sugada pela atmosfera magistral de Flynn. Não sei se ela se convenceu de todo, mas depois de alguns dentes arrancados e membros mutilados, as risadas ficaram mais esparsas e ela assistia atenta à coisa. Não chegou a vibrar durante a matança final, nem mesmo quando Seagal explode a perna de um coitado, quando mata um outro com um chute no saco ou enfia um saca-rolha na testa do William Forsythe.
Faz parte.
Depois, Duel, em ótima edição digital, com som remasterizado em DTS e imagem impecável. Biscoito fino, mesmo.
Todos os temas do Spielberg já apareciam ali, é impressionante. Olhava praquele caminhão e me pegava lembrando o tempo todo de Tubarão, Contatos imediatos, Guerra dos mundos, etc.
Com a jogada dos mestres loucos ainda pedindo uma resolução na minha cabeça, o filme foi bastante revelador. Fato é que toda essa geração começou fazendo grandes filmes – primais, inteligentes, sofisticados, brilhantes. Foram ampliando os temas, refinando a técnica, mas a fina flor, autêntica de verdade, tava ali nos anos 70. Nem tenho como ser saudosista, porque sou fruto dos 80 – década que, ademais, pertence ao Coppola, que incorporou a crise na obra antes de todo mundo.
E de repente bateu a maior vontade de rever The Departed. Só pelo Nicholson fazendo careta de ratinho. Propus a Marina que a gente assistisse de novo e saísse um pouquinho antes do Nicholson morrer no filme, mas não sei se vai rolar.
Galeto no fim da tarde, programa do fim de semana costurado na Macedônia. 5 filés.
Primeiro as revisões: Out for Justice, clássico star-vehicle de Steven Seagal conduzido pelo grande John Flynn. Visto na madrugada da Globo umas tantas vezes, o filme gritava por uma revisão, para horror de Marina – que passou uns 10 minutos gargalhando do nosso barrigudo favorito até ser sugada pela atmosfera magistral de Flynn. Não sei se ela se convenceu de todo, mas depois de alguns dentes arrancados e membros mutilados, as risadas ficaram mais esparsas e ela assistia atenta à coisa. Não chegou a vibrar durante a matança final, nem mesmo quando Seagal explode a perna de um coitado, quando mata um outro com um chute no saco ou enfia um saca-rolha na testa do William Forsythe.
Faz parte.
Depois, Duel, em ótima edição digital, com som remasterizado em DTS e imagem impecável. Biscoito fino, mesmo.
Todos os temas do Spielberg já apareciam ali, é impressionante. Olhava praquele caminhão e me pegava lembrando o tempo todo de Tubarão, Contatos imediatos, Guerra dos mundos, etc.
Com a jogada dos mestres loucos ainda pedindo uma resolução na minha cabeça, o filme foi bastante revelador. Fato é que toda essa geração começou fazendo grandes filmes – primais, inteligentes, sofisticados, brilhantes. Foram ampliando os temas, refinando a técnica, mas a fina flor, autêntica de verdade, tava ali nos anos 70. Nem tenho como ser saudosista, porque sou fruto dos 80 – década que, ademais, pertence ao Coppola, que incorporou a crise na obra antes de todo mundo.
E de repente bateu a maior vontade de rever The Departed. Só pelo Nicholson fazendo careta de ratinho. Propus a Marina que a gente assistisse de novo e saísse um pouquinho antes do Nicholson morrer no filme, mas não sei se vai rolar.
1 Comments:
Gozado você falar essa coisa de nostalgia. Eu sou um perfeito exemplar de um indivíduo que sente falta de coisas que não viveu. Sou mais carente daquilo que não tive como aproveitar na minha geração. Daria tudo que vi nos anos 80 para poder ter visto os filmes do Elia Kazan na época em que estrearam no cinema, ou quem sabe ter tido a honra de viver na época em que os Beatles tocaram para todo mundo. Se isso é doença ou não, não faço idéia... mas que antigamente os artistas eram mais artistas, a cultura era mais cultura e o prazer era mais prazeroso, ah! isso era. Abraços do crítico da caverna.
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